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Como render 1,5% ao mês investindo em um FII? Confira neste artigo

Belo Horizonte, quarta-feira, 21 de setembro de 2022, por Saulo Teixeira Rosa – Existem duas coisas que o brasileiro gosta muito: renda adicional e dinheiro pingando todo mês. Por isso, a casa de análises Nord Research fez um levantamento dos melhores investimentos que oferecem até 1,5% ao mês sem a necessidade de se expor a ações.

Encontramos um FII que atende bem a esses critérios. Por ser um investimento livre de Imposto de Renda, os Fundos Imobiliários podem até render abaixo de outros produtos financeiros. Porém, mesmo assim garantem um rendimento líquido final maior. Portanto, confira nesta matéria preparada pelo nosso Blog.

VGIR11 o FII que está prestes a render 1,5% ao mês

O Valora CRI CDI (VGIR11) é um fundo de recebíveis imobiliários. Possui como objetivo auferir rendimentos e ganhos de capital a seus cotistas por meio de investimentos em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).

Constituído em julho de 2018, o Fundo conta com a administração do BTG Pactual e gestão da Valora Investimentos. Fundada em 2005, a Valora é uma gestora independente com mais de R$ 4,2 bilhões sob gestão em 27 fundos de investimentos de diversas estratégias.

Vale destacar que seus sócios e executivos contam com ampla experiência nos setores imobiliário e financeiro, além de possuírem capital proprietário investido nos fundos da casa.

A área imobiliária da gestora, a qual contempla, além do VGIR, outros dois fundos imobiliários (VGHF e o VGIP) e FIDCs, é formada por 13 profissionais. É comandada desde 2016 por dois sócios da casa, sendo que ambos possuem vasta experiência nos mercados imobiliário e de crédito privado.

Liquidez e taxas de administração do FII VGIR11

Embora tenha um Patrimônio Líquido de apenas R$ 730 milhões, o VGIR vem apresentando uma importante melhora de liquidez nos últimos tempos. Portanto, vem negociando uma média diária de R$ 1,74 milhão no 1S22.

A melhora é justificada principalmente pela realização de sua 5ª emissão de cotas, a qual captou um total de R$ 300 milhões. Sendo assim, contribuiu para pulverizar a base de cotistas em quase 36 mil investidores.

A sua taxa de gestão, administração e escrituração é de 1,06% ao ano e incide sobre o patrimônio líquido. Todavia, a taxa de performance corresponde a 20% sobre os rendimentos que excederem 100% do CDI. Desse modo, embora os custos não sejam baixos, são condizentes com o praticado no mercado. O benchmark utilizado é aderente ao perfil de investimento do VGIR,

Histórico deste FII

O Fundo acumula uma rentabilidade em torno de 45% desde a sua criação. No entanto o IFIX e o CDI bruto acumulado obtiveram uma performance de 29,5% e 23,7%, respectivamente, no período.

A baixa performance dos últimos dois anos é explicada em grande parte pelo forte movimento de queda da Selic que vimos em 2020. Nesta época, a taxa básica de juros chegou ao patamar de apenas 2% a.a. Como a carteira de CRIs do Fundo possui grande exposição ao indexador, o movimento acabou afetando os seus rendimentos e, por sua vez, impactou o preço da sua cota de mercado.

Porém, com o novo ciclo de alta de juros iniciado pelo Copom em março/21 e alguns movimentos de
reciclagem do portfólio promovido pela gestão, o cenário vem se revertendo em favor do Fundo novamente.

Portfólio do VGIR11

Em relação ao perfil das operações, temos que elas são principalmente do segmento residencial (94,3%), ainda que também haja investimentos nos segmentos de shoppings (2,1%), logísticos (2,9%) e escritórios (0,1%). Também há uma pequena alocação de 0,63% no segmento hospitalar por meio do investimento em um CRI da Rede D’Or.

Embora as operações residenciais possam ter um perfil um pouco mais apimentado frente a outras alternativas, os CRIs da carteira contam com boas garantias na maioria dos casos, como a alienação fiduciária de terrenos/imóveis líquidos e de cotas de SPEs detidas pelas incorporadoras.

Por ainda não ter um patrimônio líquido muito elevado, o VGIR ainda possui uma carteira um pouco concentrada em alguns riscos, como o caso dos CRIs atrelados à Helbor (15,6% do PL) e à Tenisa (11,5%), além das operações ligadas à HM Engenharia (10,9% do PL) e à Delfim Moreira (9%). Isso por si só não é necessariamente um problema, mas exige certa atenção.

Seguindo adiante, um ponto positivo que vemos na carteira do VGIR é a maior exposição a CRIs atrelados ao CDI (95%). Uma maior alocação em ativos com esse perfil é bem-vinda neste momento em que a Selic deve seguir em patamares elevados ainda por um bom período.

Por fim, as taxas médias dos CRIs giram em torno de CDI + 4,6% a.a. (95%) e IPCA + 6,9% a.a. (5%), o que entendemos ser bons patamares frente ao risco e à duration de apenas 2,72 anos da carteira.

Conclusão

Além de contar com uma gestão experiente e criteriosa na estruturação e acompanhamento de créditos imobiliários, fundamental em seu segmento de atuação, o VGIR conta uma carteira de CRIs: (i) com boas taxas; (ii) garantias robustas; (iii) e maior exposição ao CDI.

O ponto de atenção fica por conta da exposição mais elevada em algumas operações, fator que tende a ser endereçado em futuras emissões.

Com a inflação se mostrando mais disseminada e persistente, é provável que a Selic se mantenha em patamares elevados por mais tempo do que o inicialmente esperado, o que tende a tornar a distribuição de rendimentos do Fundo mais resiliente daqui em diante frente aos fundos de papel com maior exposição ao IPCA.

Com base nas informações disponíveis hoje, estimamos que o Fundo possa gerar um dividend yield na ordem de 14,2% nos próximos 12 meses, ou seja, um belo retorno levando em conta o risco do Fundo. Você pode confirmar mais informações do VGIR11 no relatório produzido pelo time de analistas da XP Investimentos clicando aqui

Como render 1,5% ao mês investindo em um FII? Confira neste artigo
Como render 1,5% ao mês investindo em um FII? Confira neste artigo

Por fim, ficar antenado com os novos ativos capazes de produzir renda passiva com boas taxas, é primordial para conseguir a independência financeira. Dessa forma, esperamos que este artigo do Diário Superpix, possa lhe ajudar na sua caminhada de aprendizado.

Por ora, se você gostou deste conteúdo, deixe seu comentário para que possamos nos interagir. Em suma, é isso! Até a próxima!

Saulo Teixeira

Contador pela PUC-MG e Especialista em Finanças Corporativas e Controladoria pela UFMG, escreve sobre o mundo dos investimentos e mercado de capitais desde 2016, mineiro de Belo Horizonte, é estudante ativo de marketing digital e motivado por produzir conteúdo em sites, blogs e redes sociais que agregue valor na vida das pessoas. Já escreveu sobre temas de Finanças para as colunas do site Tecnonotícias, Folha Go, Humor do Mercado e Valor Diário.

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