São José do Rio Preto, 28 de setembro de 2022, por Sérgio Carrieri – O Serasa divulgou novos números sobre o endividamento das famílias brasileiras. O resultado foi mais um triste recorde com 67,9 milhões de pessoas que não conseguem pagar as suas dívidas em dia. Além disso, os segmentos que mais avançaram na inadimplência foram o bancário e os cartões de crédito.
Dessa forma, o Diário Superpix vem trazer mais detalhes sobre esse impressionante número que impacta a qualidade de vida das famílias brasileiras. Enquanto isso, os altos juros praticados pelas instituições financeiras, se destacam nesse cenário negativo. Desemprego em alta e a pressão inflacionária ajudam a formar essa tempestade perfeita que assola nossa economia.
Os números do endividamento segundo a Serasa
Em primeiro lugar na lista das maiores dívidas dos brasileiros estão os cartões de crédito e bancos que somam juntos quase 29%. Ou seja, quase um terço da inadimplência é provocada pelos juros cobrados pelo setor financeiro. Que, coincidentemente, é um dos setores que mais lucram no país, independente de crise ou não.
Em seguida, aparecem as contas básicas de consumo, como luz, água e gás, que respondem por 22% das dívidas em atraso dos brasileiros. O setor financeiro, como as casas de crédito e os financiamentos de bens, aparece em terceiro com quase 14%. Conforme o artigo publicado em 28 de setembro, no Portal Jovem Pan.
Serasa aponta o maior endividamento desde 2016
De acordo com o levantamento do Serasa, o resultado representa o maior número de pessoas endividadas desde 2016, quando foi criado. Apenas no mês de julho passado, mais de 300 mil consumidores não conseguiram quitar suas contas. Mesmo com a economia dando pequenos sinais de recuperação, ainda há um longo caminho a percorrer.
Contudo, a pesquisa mostrou também que mais de 2,8 milhões de dívidas foram renegociadas de alguma forma em agosto. O que representa um crescimento de 22% comparado ao mês de julho. E a região Sudeste lidera o ranking dos endividados, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais puxando a fila.
Cenário econômico não ajuda no curto prazo
Para os analistas de mercado, o cenário econômico ainda se mostra desafiador no curto prazo, sobretudo pelas incertezas provocadas pelo conflito na Europa. Se o problema persistir por muito mais tempo, poderá contaminar a economia global. Assim como a economia americana que enfrenta a maior inflação das últimas décadas.
A saída para quem está inadimplente é buscar a renegociação da dívida com o credor. Alongar prazos ou até mesmo trocar a dívida no cartão de crédito por um empréstimo com juros um pouco menores. Enfim, manter as contas em dia tem se mostrado um verdadeiro desafio para o povo brasileiro, e nem todo mundo está conseguindo.