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7 curiosidades históricas ao redor do mundo

Todo mundo ama um bom conjunto de curiosidades históricas. Seja sobre grandes personalidades que marcaram seus nomes nos livros, como funcionavam civilizações antigas ou até mesmo costumes e hábitos bizarros do passado. Neste artigo você vai encontrar um pouco de cada uma dessas coisas com sete fatos incríveis de várias partes do mundo.

Rainha poliglota

Quem já conseguiu aprender uma nova língua sabe o esforço e a dedicação necessárias para alcançar a fluência. Agora imagine ser capaz de falar quase dez delas! Pois é, uma das figuras mais conhecidas da história conseguiu essa façanha: Cleópatra.

A rainha egípcia, conhecida por ser a última governante da dinastia ptolomaica do antigo Egito e pela sua relação conturbada com os cônsules romanos Marco Antônio e Júlio César, falava nove idiomas. Com certeza ser poliglota era de extrema utilidade para ela, que governava um dos maiores impérios da época.

Sabe-se que Cleópatra podia falar grego (sua língua nativa), egípcio, hebreu e as línguas que na época eram faladas entre trogloditas, medos, armênios, etíopes, sírios e partias. Além disso, alguns historiadores acreditam que ela ainda possuía algum conhecimento de árabe.

Divórcio à alemã

A idade média é um prato cheio para curiosidades históricas das mais insanas. Uma delas é originária da Alemanha medieval, onde os casais resolviam seus problemas de um jeito bastante exótico. Ao invés de se enfrentarem na corte e resolverem uma separação com a mediação de um grupo de juristas, a disputa era física.

Para tentar deixar a briga em igualdade de condições, um conjunto absurdo de regras foi criado para essas situações. O marido ficava dentro de um buraco no chão, apenas com abdômen para cima para fora. Enquanto isso, a esposa podia circular livremente em volta. Era também permitido que o homem usasse um porrete e a mulher um saco com pedras.

Como se pode imaginar, a disputa sempre acabava em tragédia. Os casais lutavam até a morte de algum. Se por acaso a batalha chegasse ao fim por exaustão ou desistência, um dos dois era declarado o vencedor com base na performance vista e o derrotado acabava condenado à morte do mesmo jeito.

O presidente lutador

Um dos presidentes mais conhecidos dos Estados Unidos de todos os tempos, Abraham Lincoln entrou para a história pela sua luta contra a escravidão no país. Sua história ainda é marcada pelo seu discurso de Gettysburg, que buscava reunir a nação após anos de guerra civil. Ele ainda é um dos quatro bustos no famoso monumento do Monte Rushmore, ao lado de George Washington, Thomas Jefferson e Theodore Roosevelt.

Lincoln também é bastante lembrado por ter sido assassinado no Teatro Ford, em Washington, enquanto ainda ocupava o cargo de líder do país. Uma coisa, entretanto, que pouco se sabe da vida de uma das figuras mais importantes dos EUA é que antes de se tornar político, ele era lutador – e um dos bons.

Uma das coisas que ajudava o ex-presidente a ser competitivo era sua estatura. Ele media mais de um metro e noventa, o que tornava um desafiante difícil de ser batido. Se tem notícias de que Lincoln disputou trezentas lutas, tendo saído derrotado de apenas uma. Isso garantiu inclusive seu lugar no Hall da Fama de Lutadores dos Estados Unidos.

A história dos “pauzinhos”

Os hashis, ou então os palitinhos muito conhecidos de quem é fã da culinária oriental, são a versão dos talheres de muitas culturas asiáticas, como a chinesa, japonesa e tailandesa, para citar algumas. Porém, os historiadores parecem ter como consenso que eles não nasceram com essa função.

Acredita-se que eles surgiram milhares de anos atrás, na China, durante a dinastia Shang, que durou de 1766 até 1122 antes de Cristo. Os primeiros eram feitos de bronze e eram bem maiores do que os que você encontra atualmente em restaurantes. Eles mediam quase trinta centímetros e eram utilizados para cozinhar, não comer. Até hoje esse uso segue comum.

Durante a dinastia Han, que durou de 202 antes de Cristo até 9 depois de Cristo, os hashis passaram também a ser utilizados como utensílios para comer, auxiliados pela colher – que já fazia sucesso. Acredita-se que o aumento do consumo de arroz nessa época motivou a mudança. Com o tempo a colher foi perdendo espaço e eles assumiram o protagonismo não apenas na cozinha como na mesa de jantar.

Comida-moeda

O império Inca foi uma das mais impressionantes civilizações de que se tem notícias. Eles ocuparam a América do Sul, principalmente onde atualmente se encontra o Peru. A relação que eles tinham com a comida, de tão única e especial, merece ser considerada uma verdadeira curiosidade histórica.

Para começar, não existiam mercados para se vender e comprar alimentos. Todos os incas cultivavam sua própria comida e, caso desejasse algum outro ingrediente, eles trocavam com os outros habitantes de onde moravam. As trocas também podiam se dar entre comida e itens de artesanato ou roupas, por exemplo. Isso faz com que muitos considerem a comida como uma espécie de moeda daquela civilização.

A dieta desse povo era basicamente vegetariana. A diversidade, entretanto, não era um problema. A região é rica em uma grande variedade de vegetais, grãos e legumes. Existem centenas de tipos de batata, mandioca, pimentas, além de ser a origem de comidas muito conhecidas no mundo todo, como milho e quinoa. A carne era consumida apenas em ocasiões especiais, como cerimônias religiosas.

Coincidência ou não, atualmente o Peru é considerado um dos pólos gastronômicos mundiais. Muitos de seus pratos típicos são celebrados mundialmente e muitos restaurantes da capital Lima, frequentemente aparecem nas listas dos melhores do planeta.

A civilização mais antiga do mundo

Os aborígenes são os habitantes originais da Austrália antes da colonização britânica que deu origem ao país que conhecemos hoje. Apesar de terem sofrido muito nas mãos dos ingleses e terem grande parte de sua população dizimada, atualmente ainda existem tribos que resistem no território australiano, se mantendo fiéis às suas tradições, hábitos, idioma e religião.

Sua existência atual garante a eles o título de civilização mais antiga que segue presente no planeta. Historiadores acreditam que eles existem há mais de sessenta mil anos! Para termos de comparação: o Antigo Egito data de 2700 antes de Cristo.

Algumas das características milenares que eles mantêm incluem sua arte, cerimônias cheias de dança e música, seus deuses (como a Serpente do Arco-Íris), o uso de história oral para passar suas tradições e a visão única que eles possuem com a relação com a terra onde vivem.

Um antigo polo intelectual africano

A cidade de Timbuktu, no Mali, atualmente é pouco conhecida. São raras as pessoas que já ouviram falar deste local. Porém nos séculos XV e XVI, lá era uma referência mundial em termos de produção de conhecimento e educação. A prosperidade intelectual começou a ruir em 1591, com as consequências desastrosas da invasão marroquina por lá. Professores e alunos foram presos e casas, lojas e universidade saqueados.

A localização da cidade, bem na borda do deserto do Sahara, a tornou um ponto extremamente importante para trocas comerciais. Isso aqueceu a economia local e com a riqueza congregaram lá pessoas influentes de todo o mundo islâmico. Isso fez com que fossem fundadas mesquitas, grandes bibliotecas públicas e uma universidade prestigiada, que atraía pensadores de todo o mundo árabe.

Até hoje, milhares de manuscritos daquela época ainda estão preservados, apesar da destruição após a invasão, o que faz com que Timbuktu seja não apenas mais uma entre tantas curiosidades históricas, mas um importante acervo de documentos para entender o mundo daquela época.

 

Dabliu Mendes

Dabliu Mendes é um jornalista brasileiro, atualmente mora na cidade de Nova Mutum e tem atualmente 34 anos

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